sábado, 12 de setembro de 2009

Deuses Egipcios

Certamente, muitos já ouviram falar e bastante das mitologias grega e nórdica, com seus respectivos deuses. Hércules, Zeus, Apolo, Atena (gregos) ou Thor, Odin, Loki, Friga (Nórdicos) são apenas alguns dos muitos deuses destas mitologias, mas muitos poucos conhecem o panteão egípcio. A mitologia egípcia, mais antiga que a grega, nórdica ou que a romana, é muito rica e que associa deuses a várias manifestações da natureza , refere-se às divindades, mitos e práticas cultuais dos habitantes do Antigo Egito, sendo que as crenças, que freqüentemente variavam de região para região (as cidades do Egito Antigo possuíam um deus protetor, que recebia oferendas e pedidos da população local), não era a parte mais importante, mas sim o culto aos deuses, os quais eram considerados os donos legítimos do solo do Egito, terra que tinham governado no passado distante, no chamado período Pré-Dinástico.

Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais, considerados sagrados. O culto de destes animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios. Deve entender-se que o "deus" não residia em cada vaca ou em cada crocodilo, porém um só indivíduo da espécie era cultuado, sendo sua escolha feita de acordo com determinados sinais e adorado num recinto especial. Os egiptólogos afirmam que nesses animais encarnava-se uma parcela das forças espirituais e da personalidade de um ou mais deuses. Os faraós egípcios criam na idéia de que também eram deuses e que possuíam poderes mágicos

Os egípcios também acreditavam na existência da vida após a morte, onde ao morrer todos passariam pelo Tribunal de Osíris para obter seu julgamento. Alguns conseguiam voltar à vida de acordo com o veredicto de Osíris, mas outros não.

O panteão egípcio conta com 42 deuses. Vejamos alguns dos deuses egípcios mais conhecidos:


1. AMON

Rei dos deuses, Amon (ou em egípcio mais antigo, Amén) foi registrado pela primeira vez como imn, que significa “o oculto”, sendo ele o senhor dos templos de Luxor e Karnak.

Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Sua personalidade formou-se por volta de 2000 a.C. e Amon era também muitas vezes era associado ao deus Rá (ou Ré) formando assim o deus Amon-Rá considerado o deus que traz o sol e a vida ao Egito. A época de Ramsés III Amon tornou-se um monárquico, mesmo titulo que Ptah e Rá.

Freqüentemente representado como um homem, com barba postiça, de pele negra ou lápis-lazúli (uma alusão ao culto de Amon como um deus celeste) e vestido com a túnica real e a sua cabeça era encimada por um disco solar, uraeus e duas plumas. Cada uma destas plumas encontrava-se dividida verticalmente em duas secções, que refletiam a visão egípcia dualista e horizontalmente em sete segmentos. Na parte posterior da coroa poderia levar uma fita vermelha. Na sua mão direita segurava um ankh e na esquerda o cetro uas. Ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.

2. ANÚBIS

Anúbis, também conhecido como Anupu, Anupo ou Anpu é o antigo deus egípcio da morte e dos moribundos e o patrono dos embalsamadores, presidindo às mumificações e era também o guardião das necrópoles, das tumbas, e o juiz dos mortos. É mesmo o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias: a de Osíris. Todo egípcio espera beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto era pesado seu coração e a pena da verdade. Era quem guiava a alma dos mortos no Além.

Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cachorro deitado em uma capela ou caixão. É representado como homem com cabeça de cachorro ou forma de um cachorro ou na forma de um chacal. Este animal que freqüenta as necrópoles lhe é associado.

Anúbis é uma das mais antigas divindades da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal deus do mundo inferior a juiz dos mortos, depois que Osíris assumiu aquele papel. A associação de Anúbis com chacais ou cães provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios.

3. ÁPIS

Na Mitologia Egípcia Ápis (ou Hapi-ankh) é a personificação da terra.

O "morto-vivo" (Osíris) encarnou num touro branco sagrado. Era o touro de Mênfis. Simbolicamente representado como um touro negro com um triângulo branco na testa.

Seu culto está associado com Ptah.

O local onde eram enterrados os seus bois sagrados levava o nome de Serapeum.

4. ATUM

Em Heliópolis, ele é o pai e o rei de todos os deuses, o criador do Universo que, por sua vontade, extraiu-se do caos inicial, ou seja, para os egípcios é o deus que protagonizou a criação, o mesmo Aton adorado por Akhenaton como deus único. Seu nome em egípcio significa "Totalidade" ou "Estar completo". Inicialmente associado à terra, Atum passa a estar ligado ao sol, sendo entendido como uma manifestação deste ao entardecer.

Era representado como um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos frequentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto e do Baixo Egito. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Chu, o ar e Tefnut, a umidade. Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá

5. BASTET

Na mitologia Egípcia Bastet, Bast, Ubasti ou ainda Ba-en-Aset é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres grávidas e também possuía poder sobre os eclipses solares.

A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o Sistro, instrumento musical sagrado. Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias. Podia também ser representada como um simples gato.

Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana. o que acabou originando a deusa Bastet.

Bastet era a esposa de Ptah, com quem foi mãe de Nefertum e Mihos. O seu centro de culto estava na cidade de Bubastis. Em seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.


6. BÉS




Bés era uma antiga divindade egípica que parece um vilão mas, sob melhor julgamento, se vê que ele é benéfico. Parece um anão robusto, com pernas arqueadas e rosto pouco gracioso, a ponto de se tornar cômico. Mostra a língua ao espectador que o fita no fundo dos olhos e segura um chocalho! Por outro lado, ele protege contra mau olhados, ajuda nos partos, pois durante o nascimento, Bes dançava à volta do quarto, abanando o seu chocalho e gritando para assustar demónios que de outro modo poderiam amaldiçoar a criança. Depois da criança nascer, Bes ficava ao lado do berço entretendo o bebé. Quando a criança ria ou sorria sem motivo aparente, acreditava-se que Bes estava em algum lugar no quarto a fazer caretas.espalhando alegria, além de proteger dos pesadelos aqueles que dormem. Estas são as razões pelas quais ele decora camas, apoios de cabeça, objetos de toalete, instrumentos de música.

Quando esculpido ou pintado na parede, ele nunca aparece de perfil, mas sempre de frente, o que é único na arte egípcia. Também existem representações de Bes com características felinas ou leoninas.

Bes é um deus pouco comum. Ele não parece ser egípcio, mas de onde ele vem é desconhecido. Ele parece-se com deuses encontrados na África central e do sul.

7. HATOR

Hator (Hathor ou Het-Heru) é, junto a Isis, a mais venerada das deusas. Considerada a deusa das mulheres, dos céus, do amor, distribuidora de alegria, é a "dama da embriaguez" em honra de quem bebe vinho e toca música. Também é a protetora da necrópole de Tebas que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos.

É adorada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, de apenas uma mulher com cabeça de vaca ou simplesmente uma vaca. Um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas, às vezes basta para evocá-la.

É a legítima portadora do sistro (instrumento musical de percussão, feito em geral em bronze, mas também existiam exemplares em madeira e em faiança.) Os sistros estavam particularmente associados ao culto da deusa Hathor, mas poderiam também ser empregues no de Ísis, Bastet e Amon. Os Egípcios acreditavam que o som produzido pelo instrumento poderia aplacar o deus em questão.

8. HÓRUS

Horus (ou Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr ou Hor-Hekenu), filho de Osíris e Isis, era o deus do céu e teve uma infância difícil, pois sua mãe teve que escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai.

Após ter triunfado sobre Seth, matando-o e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra.

Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o olho de Hórus, (anteriormente chamado de Olho de Rá), que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas

Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão sempre usando as duas coroas de rei do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Horus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua.

Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das forma do sol, a que clareia a terra durante o dia. Criador do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é o deus mais importante de todos os deuses. Hórus é também a segunda pessoa da Trindade egípcia, composta por Osíris, Ísis e Hórus.

9. ISIS

Isis é a mais popular de todas as deusas egípcias, o modelo das esposas e mães , a protetora da magia invencível.

Quando Osíris, seu irmão e marido, herdou o poder no Egito, ela trabalhou junto com ele para civilizar o Vale do Nilo, ensinando a costurar e a curar os doentes e introduzindo o conceito do casamento. Ela conhecia uma felicidade perfeita e governava as duas terras, o Alto e o Baixo Egito, com sabedoria

Após a morte de Osíris, cujo corpo tinha sido despedaçado por seu irmão, Seth, Ísis reúne os pedaços de seus despojos, se transforma em milhafre para chorá-lo, se empenha em reanimá-lo e dele concebe um filho, Horus, tornando-se a deusa-mãe do Egito.

Ela defende a bico e unhas seu pequeno contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e boa mãe de perfeito rei e sábio dos mortos, ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um assento com espaldar que é o hieróglifo de seu nome.

10. KHNUM


Khnum (Chnum, Knum, ou Khnemu) era um deus da mitologia egípcia, com origens antigas, que possivelmente remontam à época pré-dinástica. Do ponto de vista geográfico, encontrava-se ligado à zona sul do Egipto e à Núbia.

Era representado como um homem com cabeça de carneiro, por vezes tendo uma jarra ou coroa dupla sobre os chifres. O seu nome significa "o modelador".

Este deus representava os aspectos criativos; acreditava-se que Khnum regulava as águas do Nilo, das quais os egípcios dependiam para a sua sobrevivência. A vida no Antigo Egito estava regulada pelas inundações anuais do Nilo que traziam uma argila que fertilizava os campos e assim permitia a prática agrícola.

Estava também ligado à criação dos seres humanos. No seu torno formava não só a carne dos humanos, mas também o seu "Ka" (alma). Por esta razão, era também representado no ato da criação dos novos seres. No seu torno também criou o ovo do qual saiu Rá, que por sua vez gerou os outros deuses.

11.MAÁT

Maat (ou Maet) é a deusa da Justiça , do Equilíbrio, e da harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente.

É representada por uma mulher jovem portando em sua cabeça uma pluma. É irmã de Rá, o deus do Sol e esposa de Toth, o escriba dos deuses com cabeça de íbis. Com sua pena da verdade ela pesava as almas de todos que chegassem ao seu Salão de Julgamento subterrâneo. Ela colocava sua pluma na balança e no prato oposto o coração do falecido. Se os pratos ficassem em equilíbrio, o morto podia festejar com as divindades e os espíritos da morte. Entretanto, se o coração fosse mais pesado, ele era devolvido para Ammut (deusa do Inferno, que é parte hipopótamo, parte leão, parte crocodilo) para ser devorado. Como se vê, os deuses egípcios não eram pessoas imortais para serem adoradas, mas sim ideais e qualidades para serem honradas e praticadas.

Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio, que Maat representa, implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido.

12. MERETSEGER


Meretseger, cujo significa "a que ama o silêncio" ou "amada pelo silêncio", era uma deusa-cobra da mitologia egípcia e era representada mais freqüentemente como uma serpente, às vezes com cabeça humana, ela pode também ser uma mulher com cabeça de serpente.

Ela é a dama da necrópole tebana, a deusa do cimo mais elevado que domina o maciço montanhoso. Sua notoriedade ultrapassa muito pouco o plano local, mas nestes limites é muito venerada, particularmente pelos operários do Túmulo.

Meretseger possui capelas em sua cidade, até mesmo nas casas, assim como um pequeno templo cavado na rocha perto do Vale das Rainhas onde está associada à Ptah. Protege os mortos e pode punir os maldosos que tentam pilhar os túmulos, pois Meretseger, durante a época do Império Novo tornou-se guardiã dos túmulos das necrópoles de Tebas (Vale dos Reis).

13. NEFTIS

Neftis, cujo nome significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Castelo", é um dos filhos de Geb e de Nut, a irmã de Isis, Osíris e Seth. É esposa deste último, mas quando ele trai e assassina Osíris ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo. Bem antes do assassinato, Neftis teve uma briga com Seth, fantasiou-se de sua irmã Ísis e Osíris, pensando que era a sua mulher, teve relações com ela e dessa união, nasceu Anúbis, deus dos embalsamadores.

Como Isis, ela protege os sarcófagos e um dos vasos canopos e usa seu nome na cabeça: um cesto colocado em um edifício.

É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.

14. NEITH



É a mais antiga deusa citada pelos textos, talvez a protetora do Baixo Egito bem antes da unificação do país. Venerada principalmente em Sais, no Delta, ela é representada como uma mulher que usa a coroa vermelha do Baixo Egito. Seu nome se escreve com duas flechas ou dois arcos, o que a designa bem como uma deusa guerreira.

Também é protetora, com Duramulef, do vaso canopo do estômago, ela parece ser uma divindade que basta a si própria, um dos raros princípios criadores femininos entre os deuses egípcios.

15. Osíris


Osíris era um deus associado à vegetação e a vida no Além. Oriundo de Busíris, no Baixo Egito, Osíris foi um dos deuses mais populares do Antigo Egito

A história de Osíris pode ser interpretada de várias maneiras: primeiramente, nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a nascer e não representa mais elementos materiais do mundo (espaço, luz, terra, céu...).

Osíris é rei, esposo e pai: ele representa a existência das estruturas normais da sociedade humana. Outra versão: Osíris morto, destruído e ressuscitado evoca o retorno da cheia todos os anos, a morte, o renascimento da vegetação e dos seres humanos. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento.

Existe um antiga lenda envolvendo Osíris. A lenda de Osíris é sobretudo conhecida em sua versão grega. Osíris é o filho primogênito de Geb (a terra) e de Nut (o céu). Ele sucede seu pai no trono do Egito. Ciumento, seu irmão Seth o mata e espalha por todo país os pedaços de seu cadáver. Suas irmãs, Isis e Neftis, o reencontram e com a ajuda de Anúbis devolveram-lhe a vida para permitir a Isis conceber Horus. Tendo legado a realeza terrestre a seu filho. Osíris reina no mundo subterrâneo e julga os mortos, aos quais pode cooperar com o sol em sua viagem noturna.

16. PTAH


Ptah, Tanen, Ta-tenen, Tathenen ou Peteh é o deus criador e divindade patrona da cidade de Mênfis. É um construtor. Deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e faz os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Representa em uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho o deus do nenúfar, Nefertum.

Ele é marido de Sekhmet e, por vezes, de Bastet. Seus filhos incluem Nefertem, Mihos, Imhotep e Maahes. Em alguns mitos, é o criador de Rá.

Nas artes, é representado como um homem mumificado com as mãos segurando um cetro enfeitado com ankh, was e djed (símbolos da vida, força e estabilidade, respectivamente).

17. RÁ


Rá um dos nomes do sol (você pode ouvir também com o nome de Ré), um dos principais deuses egípcios. Em Heliópolis ("a cidade do sol" em grego) é ele que, depois de ter decidido existir, cria o mundo e o mantém vivo.

Ao amanhecer, Ré era visto como uma criança recém-nascida saindo do céu ou de um escaravelho, recebendo o nome de Khepri. Por volta do meio-dia Ré era contemplado como um pássaro voando ou barco navegando. No pôr-do-sol, Ré era visto como um homem velho descendo para a terra dos mortos, sendo conhecido como Atum. Durante a noite, Ré, como um barco, navegava na direção leste através do mundo inferior em sua preparação para a ascensão do dia seguinte. Durante o dia clareia a terra, sempre com a forma de um falcão. Estes três aspectos e 72 outros são invocados em uma ladainha sempre na entrada dos túmulos reais.

Como uma das culturas agrícolas mais antigas e mais bem sucedidas da Terra, os antigos egípcios deram ao seu deus sol, Rá, a supremacia, reconhecendo a importância da luz do sol na produção de alimentos.

Devido à sua popularidade, o deus seria associado a outros deuses, como Hórus, Sobek (Sobek-Rá), Amon (Amon-Rá) e Khnum (Khnum-Rá)

18. SEKHMET


Sekhmet, (Sachmet, Sakhet, Secmet ou Sakhmet) ,"a poderosa", é a deusa da guerra e das doenças. O centro de seu culto era na cidade de Mênfis. É mau caráter e tem cóleras pavorosas que podem propagar no país ventos ardentes, epidemias e a morte. Apaziguada por festas e oferendas, torna-se possível obter sua ajuda contra Apófis - que se opõe ao andamento do sol - os inimigos do rei em tempos de guerra ou os agentes responsáveis pela doença no corpo dos homens. Seus sacerdotes são experts em magia e medicina.Possui força e coragem, e tem como missão proteger o deus Rá e o faraó. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana.Em Mênfis, Sekhmet é a esposa de Ptah e mãe de Nefertum. É quase sempre representada como uma mulher com cabeça de leoa, coroada com o disco solar.

19. SETH

Deus da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, do caos, dos animais e serpentes. Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer.

Seth é intimamente associado a vários animais, como cachorro, crocodilo, porco, asno e escorpião. Sua aparência orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de vários animais, em vez de representar somente um. Ele também é representado como um hipopótamo, considerado pelos egípcios como uma criatura destrutiva e perigosa. Filho de Geb e de Nut, Seth é um deus complexo e ambíguo.

Da proa da barca de Ré, ele trespassa com sua lança os inimigos do Sol; ele serve ao faraó combatendo com a força de seu braço. Mas é perigoso, violento, imprevisível. A lenda de Osíris mostra-o em um mau dia: assassino de seu próprio irmão, ele persegue Horus com seu ódio, jamais Seth renuncia luta, pois ele é o necessário fomentador de problemas no mundo regido por Maát.

20. TOTH

Toth, Tot, Tôt ou Thoth é o nome em grego de Djehuty, um deus pertencente ao panteão egípcio, é cordato, sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses. Divindade lunar à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais: a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. Era frequentemente representado como um escriba com cabeça de íbis (a ave que lhe estava consagrada). Também era representado por um babuíno. A importância desta divindade era notória, até porque o ciclo lunar era determinante em vários aspectos da actividade civil e religiosa da sociedade egípcia. É, por vezes, identificado com Hermes Trismegisto. Sua filiação ora é atribuída a Rá, ora a Seth. Refere-se também que seria conselheiro de Rá. Sua companheira íntima, Astennu, é por vezes identificada com o próprio Toth . Tinha uma filha: Seshat.Também é considerado como o Deus atlante da antiga civilização perdida de Atlântida.


Ana