Encontro de almas Como uma criança Me conduzes Sinto-te no ombro, Mas não te vejo... Libertando-me das algemas Conjugo novo pretérito, pois... Esqueço tudo antes disso Tornei-me apenas Sorriso divino Toquei a alma De outro menino Que leva o semblante do Mestre E liberta-me de tudo... Abraça-me... Como antes, hoje e sempre, Deixa eterno rastro Para futuro sólido Almas abençoadas...
terça-feira, 24 de março de 2009
Grandes Mistérios Habitam Grandes mistérios habitam
O limiar do meu ser,
O limiar onde hesitam
Grandes pássaros que fitam
Meu transpor tardo de os ver.
São aves cheias de abismo,
Como nos sonhos as há.
Hesito se sondo e cismo,
E à minha alma é cataclismo
O limiar onde está.
Então desperto do sonho
E sou alegre da luz,
Inda que em dia tristonho;
Porque o limiar é medonho
E todo passo é uma cruz.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
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