quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CÓDIGO DE ÉTICA DO TERAPEUTA REIKI

* 1) Honrarei com toda a minha capacidade moral, intelectual e espiritual a minha linhagem e procurarei a cada dia aperfeiçoá-la, mesmo que para isso tenha que investigá-la para recomeçar;

* 2) Jamais prejudicarei intencionalmente qualquer ser vivo, qualquer forma de vida, e a religião, a raça, a cor, o status social e a preferência sexual jamais serão requisitos ou pré-requisitos para qualquer atcividade pessoal e profissional;

* 3) Promoverei a consciência da cura, da saúde e do bem-estar dos meus clientes e dos espaços físicos;

* 4) Respeitarei a dignidade de todo ser humano com os quais trabalhar e me relacionar profissionalmente. Serei directo e objectivo nas minhas relações profissionais e agirei com integridade quando interagir com outros profissionais, mesmo se houver discordâncias;

* 5) Promoverei os serviços para os quais estou treinado, capacitado e credenciado e me manterei nos níveis mais altos de minhas capacidades de forma a cumprir com os pré-requisitos legais, éticos e espirituais da profissão e das suas práticas, dentro dos meus limites;

* 6) Jamais invadirei os limites físicos, mentais, emocionais e espirituais do cliente e promoverei sempre o melhor ambiente possível para minhas práticas;

* 7) Defenderei a profissão contra injustiças, criticismos, vandalismos, falsificações, exploração assim como defenderei meu colegas da maldade e das injustiças, venha de onde vier;

* 8) Procurarei sempre expandir o meu leque de conhecimentos mesmo que para isso tenha que refazer meus conceitos e treinamentos;

* 9) Respeitarei meus colegas como a mim mesmo e todos os princípios que regem a Terapia Reiki, cuja raiz de conhecimento vem do Oriente, através do Mestre Mikao Usui;

* 10) Promoverei o sigilo profissional do consultório, do ambiente de trabalho e dos interesses individuais meus e dos meus clientes;

* 11) Colocarei a honestidade como base e parâmetro de qualquer comparação diante das minhas atividades profissionais e pessoais.
* 12) Transmitirei os ensinamentos de mão em mão.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

chaplin
Carlos Drummod De Andrade


"A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos,

nas forças que não usamos,

na prudência egoísta que nada arrisca e que,

esquivando-nos do sofrimento,

perdemos também a felicidade."

solidões...

Solidão

Quando falamos em solidão, a primeira idéia que nos vem à mente é de algo mau, negativo, que nos traz apenas sofrimento, pois culturalmente aprendemos somente a valorizar a capacidade que temos de nos vincular e relacionar com as pessoas.

Esquecemo-nos, porém, que a solidão também tem seu pólo positivo, podendo ser vista como uma marca de maturidade emocional e de crescimento interior. Lembre-se que as melhores obras, as mais belas composições e poesias foram criadas no momento em que o indivíduo se permitiu estar em sua própria companhia.

Sempre digo que viver sozinho está longe de ser uma vocação humana, pois somos seres sociáveis por natureza. Se vivemos em um mundo povoado por bilhões de pessoas seria incoerente, portanto, dizermos que nos sentimos sós. Apesar disto, ultimamente, tenho observado muitas pessoas reclamarem que estão sofrendo de solidão, mesmo quando acompanhadas. Mas, porque será então que isto acontece?

Para respondermos a esta pergunta temos que entender primeiramente o significado de solidão. Ao contrário de que muitos pensam, solidão não é nos prescindirmos da companhia do outro, mas sim se trata de um estado de espírito, de algo interior que está relacionado com os vários sentimentos que o indivíduo carrega dentro de si, com sua percepção interna dos fatos e acontecimentos, que muitas vezes não condizem com a realidade externa.

Muitas vezes um indivíduo pode estar rodeado de pessoas e sentir a dor da solidão. Isto porque este sentimento vai depender exclusivamente dele, de quanto ele está afastado de sua essência, do quanto ele se rejeita, se culpa e é inflexível consigo mesmo e com a realidade a sua volta.

Sendo assim, poderíamos dizer que a solidão nada mais é do que o medo que temos de nos deparar com a nossa própria companhia, seja pela falta de amor próprio, pela nossa crença no não merecimento ou o pavor de nos confrontarmos com o nosso vazio interior.


Somos responsáveis por nossas escolhas

Gostaria de ressaltar que o sentimento de solidão não vem da situação em si, mas sim das fantasias que criamos quando nos comparamos aos outros de forma destrutiva e negativa.

Neste momento, esqueço que estou vivenciando determinada situação pelas escolhas que eu mesmo fiz durante a vida e que o fato do outro estar cercado de gente ou com um companheiro, não significa que ele não está se sentindo só, ou ainda, que é feliz.

Claro que existem situações em que o destino nos passa uma rasteira e acabamos por amargar nosso período solitário inevitável, seja por separação, perda ou afastamento de pessoas queridas. Porém, mesmo que o recolhimento inicial seja natural, o quanto irei permanecer neste estado dependerá exclusivamente de mim.

Enquanto vivo o passado e fico ressentido vou atcualizando este sentimento para o presente e aqui a escolha é minha. Sempre digo que ressentir significa sentir de novo aquilo que já se foi. Até quando você pretende continuar a amargar aquilo que já aconteceu rejeitando a realidade a sua volta? Até quando você tenciona se isolar para não lidar com a dor e sofrimento, ao invés de mudar crenças e comportamentos que já não lhe servem mais e tomar atitudes sadias que garantam seu bem estar?

Colocar-se em posição de vítima, culpar a Deus, a sociedade, ao mundo, a família, a economia não vai te ajudar em nada e, ainda, fará com que você se sinta incapaz de olhar para a sua própria actitude de inércia perante a vida.

Se uma criança cai e magoa-se, ela chora e levanta automaticamente continuando a ter prazer em sua brincadeira. Nós adultos, porém, quando nos magoamos, isolamo-nos na nossa dor esquecendo de nossa capacidade interna de recomeçar aonde paramos e de descobrir novos horizontes de vida jamais explorados.


A carência e o medo de ficar só

Muitas vezes, vemos que uma decepção amorosa, por exemplo, faz com que o indivíduo se afaste do mundo, se isole esquecendo-se que quando nasceu aquela pessoa não fazia parte de sua vida e que ele não tem a posse do outro ou de seus sentimentos.

Nestes casos, o sentimento de solidão advém da crença que temos de que alguém irá nos completar, de nossas projeções sobre tudo aquilo que queremos para nós, como se o outro tivesse que atender a todos os nossos desejos.

É como se delegássemos a responsabilidade de nossa felicidade a outrem. Esquecemos, porém, que ninguém completa ninguém e que se não nos preenchermos a nós próprios, nunca conseguiremos compartilhar de uma relação verdadeira, porque aqui não haverá trocas, mas apenas cobranças e idealizações.

Somente quando vivemos a liberdade de sermos nós mesmos é que podemos nos relacionar com o outro.

Um outro facto também comum de encontrarmos são indivíduos que, na busca de uma solução para o sentimento negativo da solidão, acabam por aceitar ligações com pessoas que não estão em acordo com seus princípios éticos e morais, agindo muitas vezes, até em desacordo com seu próprio desejo ou aceitando coisas que não querem ou mesmo vivenciando situações humilhantes por medo de ficar só.

Outros ainda, no desespero por ter uma companhia, cedem à pressão do grupo se envolvendo com drogas, buscam companhia virtual através da Internet ou, em casos extremos, recorrem ao suicídio como forma de acabar com sua dor. Neste último caso, isto acontece não por ele não suportar ficar sem alguém, mas sim por não aguentar ficar em sua própria companhia. Ou seja, nestes casos, o grau de afastamento de si mesmo já vinha ocorrendo sem que o indivíduo se desse conta.

A falta de crença e fé em nós mesmos muitas vezes nos coloca em situações de comodismo e aqui criamos mil desculpas para justificar nosso comodismo: tédio na relação, falta de boa companhia, isolamento por medo de se machucar novamente diminuindo ainda mais nossa auto-estima, etc.

Temos que entender que o sentimento de solidão está dentro de nós e relacionado com o nosso vazio interior ocasionado por uma falsa concepção de amor e valorização que temos a nosso respeito.


Como vencer a solidão

Muitos me perguntam: Será que existe uma fórmula, uma estratégia para que eu possa vencer o fantasma da solidão?

Aqui, só posso lhe dizer que não existe um caminho único, pois cada ser tem características únicas e reage de maneira própria diante dos obstáculos da vida. Porém, a forma como o indivíduo vê sua realidade interna e externa e os recursos internos que possui para sair do papel de vítima é que vai fazer a diferença.

Enquanto acreditarmos que o outro é o responsável por tudo aquilo que ocorre conosco e vemos a solidão apenas no seu pólo negativo, este sentimento irá nos corroer por dentro levando-nos à inércia e á doença.

Às vezes são as nossas crenças que têm de ser revistas, hábitos que têm de ser mudados, flexibilidade que tem de ser adquirida.

Para aliviarmos a angústia é necessário primeiro nos encontrar conosco mesmos, seja pela fé e/ou pela reflexão interior, sem medo de conhecer nossos abismos.

Nunca se esqueça que a possibilidade de gozarmos a nossa própria companhia é uma excelente fonte de auto-conhecimento e uma excelente oportunidade para crescermos enquanto pessoas.

O sentimento negativo da solidão nunca existirá se estivermos em coerência com a nossa própria essência, nos amando e respeitando nossos limites.

Viver a alternância entre solidão e convívio pessoal é extremamente saudável e nos leva ao amadurecimento emocional.

Procure entender o que a sua experiência de solidão está tentando lhe dizer. Aproveite este momento para mudar tudo aquilo que não deseja mais em sua vida e entenda que você é o único responsável pelo que virá logo a seguir.

Medo de amar

Todo ser humano nasce com um medo básico: o medo da extinção, o medo da morte. Porém, cada um desenvolve a partir desse medo básico, outros temores. Há dois temores específicos, que se entrelaçam um no outro: o medo de entregar-se ao amor e o medo de conhecer-se.

Desde Platão, há uma crença: a crença da divisão. Na sociedade grega, acreditava-se que havia existido um ser sobre-humano, um super-homem que tentara desbancar os deuses. Esse ser, era hermafrodita, pois possuía ambos os sexos. Castigado pelos deuses, esse ser foi partido em dois, homem e mulher, e desde então tem vagado pelo mundo buscando novamente ser um único corpo, uma única alma.

Assim, homens e mulheres, ao longo dos tempos, acreditaram na famosa história de encontrar sua “cara metade”, como se a falta que sentissem fosse a falta do amor de um companheiro. Encontrar esse ser que nos completa, tornou-se através da arte romântica e depois nos dias atuais, quase uma obsessão.

Porém, há quem tema esse encontro, pois o amor costuma nos revelar para nós mesmos. Eis aí, o medo que assola nossos dias: o medo da entrega. Entregar-se ao outro não significa necessariamente ter sexo com uma outra pessoa. Significa confiar segredos que não confiaríamos aos nossos amigos, significa dizermos o que pensamos e sentimos sem medo de sermos abandonados ou rejeitados, significa partilhar partes de nós mesmos que não partilharíamos com mais ninguém.

É, isso sim, ter intimidade suficiente para sermos nós mesmos, em nossa pura verdade, sem nenhuma máscara. Mas isso assusta. Porque ter intimidade com outro ser implica conhecermos muito bem a nós mesmos. E conhecer-se é um processo lento, doloroso e que demanda muita coragem. Para conhecer-se a fundo, é necessário descobrir-se falho, cheio de imperfeições e limitações, humano.

É preciso que amemos nosso lado sombrio e perverso. Que aceitemos possuir sentimentos como desconfiança, aversão, ciúme, inveja, raiva. E, tendo aceitação por essa nossa parte negra, nos aceitemos por inteiro, nos amemos em toda a nossa imperfeição. E esse é um processo muito difícil, porque no mais das vezes apresentamos aos outros e a nós mesmos, apenas os aspectos bons, dignos de serem elogiados, de nossa personalidade.

Isso porque vivemos num mundo de imagens idealizadas. Você já viu uma super modelo ter defeitos? Você já viu o ator de cinema chorar porque perdeu a mãe? O cantor de rock cheirar uma carreira de cocaína na frente da TV? O banqueiro ser preso por pedofilia? Não, você nunca viu essas imagens, porque a indústria do entretenimento e a sociedade de massas te apresentam a modelo, a atriz, o cantor e o banqueiro felizes, ricos, bonitos, perfeitos, em suma. Só você sofre, só você tem defeitos e chora por se sentir sozinho neste mundo.

Aceitar que vivemos numa sociedade que fabrica ilusões, porém, aumenta-nos o peso de termos de ser perfeitos o tempo todo. E então, face á nossa humanidade, podemos perdoar-nos por nossas fraquezas e falhas, e perdoando-nos, aceitarmo-nos tal como somos. Aceitando-nos podemos nos amar e amando-nos podemos amar a outra pessoa também. Assim, o medo do amor é na verdade o medo de si mesmo.

Portanto, amando a si mesmo podemos abrir nossos corações para que outra pessoa chegue. Uma pessoa que tem individualidade e personalidade próprias, mas que pode partilhar experiências de vida conosco, que pode partilhar visões de mundo conosco, que pode partilhar momentos de felicidade e tristeza conosco. E assim, ensinar-nos que o amor é um sentimento mais profundo.

Que o amor não se dá apenas na superfície, que para ele se realizar é necessário amarmos o todo de nós mesmos e do outro. E o TODO implica o lado bom e o lado ruim. Implica as fraquezas e as qualidades, os defeitos e a capacidade de doar-se. Implica que aceitemos a nós mesmos e ao outro por INTEIRO. Só desta maneira podemos visualizar o que há de divino em nós e no outro e assim, chegar á síntese tão sonhada pelos gregos.

E descobriremos ao final que não nos faltava nada, que estávamos preenchidos o tempo inteiro, bastava que buscássemos a nós mesmos! Bastava que nos conhecêssemos! E amássemos a nós mesmos integralmente! Alguém disse, não lembro quem, um verso assim: conhece-te a ti mesmo e conhecerás os mundos e os Deuses. Junto a este verso um outro, vindo do Mestre Jesus: ama ao próximo como a ti mesmo. Eis aí, todos os segredos revelados.



Eis aí a solução de nossos medos mais profundos.